Segundo a Agência Financeira,
"Existe um elevado desvio entre o salário real e o acordado entre os representantes dos trabalhadores e os representantes das empresas. E os patrões até pagam mais do que tinham combinado.
Esta é uma das conclusões do Livro Verde das Relações Laborais, hoje apresentado com a presença do ministro da tutela, Vieira da Silva.
Segundo o documento, o desvio entre um valor e outro atingia, em média, os 147 euros em 2003. «A taxa de crescimento mais pronunciada observou-se nos ganhos, enquanto as remunerações contratuais registaram, em geral, uma menor taxa de crescimento», pode ler-se no Livro.
Pluralidade de associações não representa bem os trabalhadores
O documento mostra outras conclusões, como a da elevada fragmentação na representação tanto dos trabalhadores, como das entidades patronais. Segundo o mesmo, existiam, no final do ano passado, reconhecidas pelo Ministério do Trabalho e Solidariedade Social, 534 associações patronais e 420 associações sindicais. Das 534 associações de patrões, 185 não apresentam qualquer actividade há vários anos.
Toda esta pluralidade de associações reflecte-se na existência de sete confederações patronais, das quais apenas quatro (CIP, CTP, CAP e CCP) têm lugar na concertação social, e de sete confederações sindicais, das quais apenas duas (UGT e CGTP) têm assento na concertação.
O Ministério tinha também conhecimento de Comissões de Trabalhadores em 192 empresas. Mas o estudo conclui que não existe representação na esmagadora maioria das empresas. Outra das conclusões é que, ao contrário do que se pensava, a maioria das Convenções Colectivas de Trabalho não têm mais de 10 anos. Apesar disso, como sublinhou o coordenador do Livro, António Dornelas, o seu conteúdo não se tem adaptado às evoluções da realidade e da legislação laboral."
Esta é uma das conclusões do Livro Verde das Relações Laborais, hoje apresentado com a presença do ministro da tutela, Vieira da Silva.
Segundo o documento, o desvio entre um valor e outro atingia, em média, os 147 euros em 2003. «A taxa de crescimento mais pronunciada observou-se nos ganhos, enquanto as remunerações contratuais registaram, em geral, uma menor taxa de crescimento», pode ler-se no Livro.
Pluralidade de associações não representa bem os trabalhadores
O documento mostra outras conclusões, como a da elevada fragmentação na representação tanto dos trabalhadores, como das entidades patronais. Segundo o mesmo, existiam, no final do ano passado, reconhecidas pelo Ministério do Trabalho e Solidariedade Social, 534 associações patronais e 420 associações sindicais. Das 534 associações de patrões, 185 não apresentam qualquer actividade há vários anos.
Toda esta pluralidade de associações reflecte-se na existência de sete confederações patronais, das quais apenas quatro (CIP, CTP, CAP e CCP) têm lugar na concertação social, e de sete confederações sindicais, das quais apenas duas (UGT e CGTP) têm assento na concertação.
O Ministério tinha também conhecimento de Comissões de Trabalhadores em 192 empresas. Mas o estudo conclui que não existe representação na esmagadora maioria das empresas. Outra das conclusões é que, ao contrário do que se pensava, a maioria das Convenções Colectivas de Trabalho não têm mais de 10 anos. Apesar disso, como sublinhou o coordenador do Livro, António Dornelas, o seu conteúdo não se tem adaptado às evoluções da realidade e da legislação laboral."
Será que estamos todos a pensar no mesmo país, Portugal? Pagam a mais? Então, como me explicam os salários medíocres que todos nós recebemos? Eu cá trabalho das 9 às 6, tenho um Departamento sob minha responsabilidade, e o que me pagam nem me atrevo a repetir pois é simplesmente vergonhoso. Ok, estou cá à relativamente pouco tempo, mas isso não justifica o facto de eu "mão de obra qualificada" ganhar tanto como a administrativa que está sentada mesmo à minha frente e que passa o dia inteiro a, perdoem-me a expressão, "coçar micose", e a falar ao telefone às custas do patrão. A desculpa que me deram foi a antiguidade. Tudo bem, está aqui desde 92 (ainda eu andava no liceu), mas não posso aceitar que me paguem tanto a mim como a ela (aceitar, lá tive de aceitar, que remédio, mas que me revolta, lá isso revolta). Este país à beira mar esquecido está pela hora da morte...Pode ser que quando isso acontecer, lhe dêem honras de transmissão em directo, como está tanto na moda sempre que uma alminha decide partir para o mundo das sombras...
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